O que se destacou neste mês? MEU PRIMEIRO TRIATHLON OLÍMPICO !!!!! Sim, no dia 1 de Junho fiz a 2 etapa do Troféu Brasil de Triathlon na USP - SP.
Porque foi importante? Porque foi o primeiro depois de 3 que tentei fazer e não consegui...
1a. Tentativa
Tudo começou na prova Triathlon Internacional de Santos, que foi realizada em fevereiro de 2014, e que por motivos meteorológicos (uma chuva feia e um mar muito muito muito mexido), não houve natação. Ou seja, a prova se resumiu a um biathlon de bike + corrida e não pude fazer minha primeira prova de Triathlon na modalidade / distância olímpica.
Foto abaixo o pessoal da Run&Fun
2a Tentativa
A segunda tentativa de fazer o Triathlon Olímpico foi na primeira etapa do Troféu Brasil de 2014, no dia 23 de março, em Santos - SP... Tudo lindo, tudo preparado... Tinha descido para Santos no dia 22, fui dormir cedo, tudo como manda o figurino.
Acordei as 5:00 da manhã (a largada era tarde, as 8:45, se não me engano), mas fui mais cedo para acompanhar o pessoal do Triathlon Short... Me desloquei ao canal 5 de Santos (acho que era este), encontrei todo mundo, conversei, tomei café, desejei boa prova a todos, etc. etc. etc.
O Rafa, um dos treinadores e grande amigo, começou a procurar e não achou meu kit. Disse que o Cássio, outro treinador e grande amigo / parceiro, saberia aonde estava o kit... Já fiquei preocupado, porque não havia mais sacolas na tenda e nem no carro.
O Cássio saiu do carro, pediu desculpas, e disse que por uma falha, haviam esquecido de pegar meu kit....
Putz, foi uma das piores sensações que um atleta amador pode sentir... Estava "preparado", tinha treinado muito e estava com a adrenalina lá em cima, e tomei um baque imenso. Lembro-me apenas de pegar minhas mochilas, guardar tudo que já tinha tirado, me despedido de todos e ir embora sem pegar a minha bike... O Rafa, ainda meio sem jeito, me lembrou de pegar a bike...
Foi péssimo, frustante, triste, sem ter o que fazer... Sem o kit, não há chip de controle de tempo, não há touca, não há número da bike... Não poderia fazer a prova, e não poderia retirar o kit no dia...
Enfim, resumidamente, esta foi a segunda experiência. TRISTE...
3a Tentativa
A terceira tentativa de fazer uma prova de Triathlon Olímpico foi a prova TriRex, que inicialmente era para ser realizada em Itirapina (próximo a São Carlos), mas foi transferida nos últimos dias para Brotas.
Mais uma vez, havia treinado muito, preparado todos os materiais, bike, etc. e desci para Brotas no dia anterior (26 de Abril).
Esta prova foi um grande marco na minha vida de pseudo atleta amador.... Que bom poder escrever sobre ela hoje... De forma negativa, ela me marcou, mas me deu mais força para seguir em frente e mostrar que poderia superar um trauma... Vamos ao relato.
Resumidamente, entrei na água com minha amiga, companheira, parceira, colega, ídola Luciana Branco Porto.... A água estava bem fria, mas nada que assustasse muito... Não nadei antecipadamente antes da largada, só me molhei para sentir a água fria... A Lu estava bem confiante, assim como eu estava...
Dada a largada... Todos saem se batendo (talvez um dia fale um pouco sobre a natação do triathlon), e eu comecei a nadar... Em 100 ou 200 metros, tive uma crise de não-sei-o-que, e não conseguia mais nadar.... Já tentei explicar isso algumas vezes para diversas pessoas, e não sei dizer porque não conseguia andar... Já havia nadado muito mais do que 1500 metros, a prova era em uma represa com água limpíssima e clara, e eu não conseguia nadar... :-(
Hoje não consigo dizer o que foi mais "dolorido", a frustração de não ter participado da primeira etapa do Troféu Brasil ou este bloqueio em sair para nadar no TriRex.
Voltei para a margem, fui atendido pelos médicos, e desisti...
Ainda aguardei a Lu terminar a natação, ajudei ela a tirar a roupa de neopreme para que ela iniciasse a transição para a bike... Esperei ela voltar da bike e fiz "pacing" (pacing é o acompanhamento do atleta correndo ao seu lado, permitido em algumas provas) com ela durante a corrida toda (10 km de muita subida).
A Lu pegou pódio, claro... A Lu é uma "monstrinha", destrói em todas as provas e aniquila as competidoras... No fundo, fiquei feliz por ela e muito frustado por ter travado...
Por isso que o dia 01 de junho, a ser relatado a seguir, foi marcante....
4a. Tentativa
Bom, depois de tentar 3 vezes fazer a prova com 1500 metros de natação, 40 quilômetros de bike e 10 quilômetros de corrida, era a hora de confirmar ou não se conseguiria completar distâncias maiores ou se deveria abortar meu plano de Ironman.
Era a prova da segunda etapa do Troféu Brasil de Triathlon, realizado na USP em São Paulo.
Claro que estava preocupado, afinal eu sai do mercado de trabalho (ano sabático esportivo) para me dedicar ao Triathlon, e não conseguia terminar uma prova.
PONTO A FAVOR: A prova não era no oceano
PONTO CONTRA: A natação era na raia da USP, aparentemente suja e comprovadamente muito fria.
Preparação tradicional, malas prontas, kit retirado (por mim), temperatura fria, nervos a flor da pele... Será que eu ia "impacar" de novo?
O pessoal da Run & Fun estava lá, o Silvio Kerstner (professor de natação em águas abertas), estava lá, muitos amigos... Já disse que estava nervoso?
Diferentemente das outras provas, antes da largada cai na água antes, nadei uns 20 minutos e "reconheci" o terreno (neste caso, a raia de natação). Nadar na USP é ruim porque a raia é cheia de boias para delimitar as "raias" que o pessoal usa para os treinos de remo. Mas, ao dar as braçadas, você vê a borda da raia e sabe que se passar mal, rapidamente tem socorro.
Comentário prévio: estava nervoso, comi pão / sanduiche antes da natação.
E lá vai a largada... Estava ao lado da minha amiga, companheira, colega, parceira, Lu....
Foi engraçado, porque ninguém estava esperando a largada naquele momento, haviam pessoas ainda descendo para a água, e vamos todos "nos batendo" para dar as braças...
A primeira volta de 750 metros foi um pouco difícil, porque haviam muitas pessoas juntas e batidas aconteciam com frequência... Na segunda volta, tudo muito bem...
Sai da água com 33 minutos, um tempo muito bom, que ainda me dá margem a melhorar bastante para provas futuras... Mas, independente do tempo, sai da água... sai vitorioso por conseguir nadar os 1500 metros.
Pode parecer estranho para um triathleta amador, mas era uma barreira que eu tinha que superar.
A bike foi bem tranquila, fiz muita força, caiu uma caramanhola no trajeto devido as pancadas da bike no asfalto, passei pessoas, fui passado, tudo mais.... Tinha um vento muito forte contra, contra o tempo todo, não importava aonde estivesse indo (risos). Nesta prova da USP, há muitos "cotovelos", o que forçam a desaceleração e aceleração, e derrubam muito a velocidade média da bike. É, é ruim para todos, mas atrapalha quem não tem técnica como eu.
Cheguei para correr e, por algo que eu comi ou bebi, estava me sentindo muito mal... Lembra do sanduiche antes da natação? Não sei bem se foi ele, se for o Gel GU, se foi o Gatorade, se foi a força excessiva da bike, mas cheguei mal na corrida.
Sensação de estômago pesado, vontade de vomitar e arrotar... Passei os primeiros 5km girando muito alto, acima de 5:15 min/km e a corrida estava acabando comigo... Ai, depois de alguns pequenos (e silenciosos) arrotos (credo, que feio), comecei a melhorar... Terminei os últimos 2km a 5:02 min/km, mas bem cansado....
No meio da corrida, colei em um cara que estava na minha velocidade, viemos no mesmo pace, um dava força para o outro... Foi legal, mas percebia que podia ir muito melhor se não estivesse tão "pesado" no estômago... Já tinha feito 10 km em 44 minutos, mas tá bom, vamos para a chegada e pegar a sofrida medalha de finisher.
Estava feliz... MUITO FELIZ.. Havia finalmente terminado meu primeiro Triathlon Olímpico.
Agradecimentos ao pessoal da Run & Fun, em especial ao Rafa e ao Sales que estavam dando apoio o tempo todo... O Cássio estava competindo no revezamento e pegou pódio.
A monstrinha da Lu novamente pegou pódio... Acham que ela ia deixar escapar??? É uma fera no Triathlon. Pegou primeiro lugar na categoria dela. Impressionante a dedicação e capacidade da Lu.
Ah, esta prova foi a estreia das minhas rodas novas ZIPP... A bike ficou linda, não?
Ufa, tirava um peso das costas imenso em saber que poderia fazer provas longas de triathlon e natação. Sei que ainda não foi uma prova em oceano, mas acho que a confiança que consegui em nadar em águas abertas de forma avulsa me dão mais tranquilidade para fazer a prova.
Enfim, o monstro já não existia mais...
Preciso dar créditos a Camila, que foi muito companheira, amiga e presente nas 3 últimas tentativas de fazer esta distância no Triathlon. Me deu apoio, me consolou, incentivou, torceu, passou frio, calor, viajou e tudo que foi preciso... OBRIGADO !
A vida segue, né?
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