segunda-feira, 4 de maio de 2015

Treino de 02/05

Hoje (na verdade, sábado dia 02/05) teve apenas treino de ciclismo.

Como disse antes, este blog consome mais tempo do que o que gasto treinando :-) To tirando o backlog dos posts e como isso dá trabalho.

Descanso faz parte do Treino

A noite de sábado foi gostosa, friozinho e ótimo descanso. Podia ter dormido um pouco mais se tivesse dormido mais cedo, porque acordei as 5:30 e isso significa que estava atrasado quase 1 hora para o treino.

Mas, de qualquer forma, a noite foi relativamente boa de descanso.


E hoje era dia de treino longo, melhor descansar porque pedalar é preciso. E pedalar muito hoje....



Treino Ciclismo

Acordei tarde / atrasado, era para começar a pedalar próximo as 5:00 ou 5:10, mas acordei as 5:30 e saí apressado para chegar na cidade universitária não tão tarde. 

O treino programado era:

Bike: 10´giro leve + 160 km rodovia com subidas longas 

Mandei mensagem para o Caio, meu parceiro de pedal há meses, dizendo que estava atrasado, engoli o café da manhã e suplementos, cheguei na USP e comecei a preparar o material. Estava frio, antes de colocar a roupa de ciclismo, vesti uma segunda pele e me arrependi de não ter colocado a luva completa (a luva que cobre os dedos por inteiro) porque o vento estava judiando.

Fui com a BMC SLR01, porque o plano era girar 50 km na USP e depois sair com a Route Bikes para um circuito com bastante subidas, conforme recomendava a planilha da Run & Fun. A Cervélo P3C tirou um descanso. E como foi boa a decisão, a BMC é uma ótima bike para rodovias.

Enfim, as 6:04 estava iniciando o treino e aquecendo na rotatória da Reitoria na USP. Em poucas voltas encontrei o Caio e o Michel (Mandrak) e começou a diversão. Conversamos um bom tempo, sem muita força, apenas girando cerca de 33 km/h e ganhando quilometragem. 

Até que o Zanoni passou e provocou nós três, e acabamos pegando a roda dele e girando um pouco mais forte na rotatória. Depois de umas 3 ou 4 voltas perguntei se ele queria uma ajuda e comecei a puxar, só não percebi que estava muito forte (quase 39 km/h) e o pessoal "quebrou" atrás de mim. Parei de acelerar, voltei a girar leve e continuamos pedalando juntos.

As 6:40 da manhã o pessoal da Run & Fun saiu para o treino. Nos juntamos ao grupo de triathlon que estavam aquecendo na bolinha e fui conversando com o treinador Sílvio. Ele me deu ótimas sobre a velocidade média que os amadores fazem historicamente nas provas. Ele vai me passar os dados depois, mas o que me lembro foi o comentário sobre a maratona dos amadores no Ironman que fazem pace médio de 6:00 min/km, o que não é nada de extraordinário e acho que consigo fazer um pouquinho melhor.

Enfim, ficamos pedalando com os amigos triathletas até próximo as 7:15 da manhã, quando o alguns ciclistas já estava se dirigindo a Route Bike para pagar a taxa e se preparar para sair. Não haviam tantos "clientes" (como o pessoal da Route chama os ciclistas) porque no mesmo dia sairiam dois pelotões de ciclistas em Campos de Jordão. Também não havia muito staff, normalmente vão 4 na frente e 2 atrás, mas desta vez fomos com 2 na frente e 1 atrás do grupo. Eu e o Caio deixamos o pessoal da Run & Fun e nos dirigimos a Route, que sai bem próximo a nossa assessoria.

Estava com meu rádio (aqueles radinhos de segurança de bar ou de porteiro de prédio) e conseguia escutar as conversas do staff da Route. É legal porque dá para saber o que vai acontecendo, quando alguém para porque teve problemas na bike, quando vamos entrar em alguma curva, quando tem polícia na rodovia e tudo mais.

Saímos com a Route umas 7:45 da USP, pegamos a Marginal Pinheiros e posteriormente a Marginal Tietê e o trânsito estava bem carregado, já que o feriado leva muitas pessoas a deixarem Sampa, mas não houve incidentes nas marginais. 

Estávamos em uns 18 ciclistas no P1 (pelotão forte), o Caio e uma menina estavam de TT e os outros de bike speed / road. Eu estava diretamente atrás do staff da frente, o que não é tão ruim porque dá para ver os buracos e sujeira à frente da pista, mas o vento nesta posição é bem mais forte de quem está no meio / final do pelotão. Fiquei a direita do grupo (andamos sempre dois ciclistas lado-a-lado) e isso foi um outro fator importante para o passeio, porque o lado direito é mais seguro (o esquerdo tem mais exposição aos carros e caminhões da rodovia), só que este lado tem a pista mais suja com pedras, pedaços de borracha, metal, parafusos, pregos, etc. 

O passeio estava indo tudo bem. A velocidade média nas marginais foi assustadora (cerca de 40 km/h), quando chegamos na Rodovia dos Bandeirantes não pouparam nossas pernas, mas com 66 km de pedal (cerca de 26 km com a Route Bikes) meu pneu traseiro furou. Um caco de vidro minúsculo, da espessura de um alfinete, entrou no pneu e me fez parar para trocar. E ai entra o excelente serviço da Route Bikes, o carro de apoio parou atrás de mim, tirou minha roda traseira, colocou uma reserva, me colocou dentro do carro e me soltou a frente do pelotão que continuou pedalando neste meio tempo. Devo ter perdido uns 10 km do percurso, que foi exatamente ao pegar o Rodoanel e passar um primeiro pedágio.

Ao ser alcançado pelo pelotão, me juntei na traseira do pessoal e fui seguindo eles na esquerda, para evitar novos problemas. Continuamos sem incidentes até uma cidade chamada Várzea Paulista, próximo a Jundiaí quando o pneu de um ciclista que ia a frente furou. Mais um problema do lado direito do pelotão (ou pura coincidência). Este ciclista estava com pneu tubular com líquido vedante, mas o furo foi tão grande que o líquido não deu conta de segurar o ar. O barulho foi bem assustador.

Durante este percurso (do furo do meu pneu até Jundiaí) percebi que a minha bike estava "diferente", porque nas descidas eu colocava a marcha (catraca) mais pesada e a bike não rendia. Nas subidas eu ia de marcha pesada e todos iam de marcha leve, e para mim estava tranquilo. Até comentei com o Caio que o pessoal da Route tinha colocado uma roda "podre" para mim, ou seja, com um cassette (conjunto de catracas) muito leve que não deixava eu fazer muita força. Além deste fato, minha bike é de 11 velocidades e colocaram uma roda de 10 velocidades, o que não é um grande problema, mas as marchas não entram com tanta facilidade.

Paramos com aproximadamente com 110 km pedalados (70 km para o pessoal que só fez Route Bikes) para o famoso lanche, e os mecânicos da Route foram consertar meu pneu traseiro e trocar a roda. Depois de uma dificuldade com meu extensor de válvula, colocaram meu pneu no lugar e reparei uma grande besteira que fiz. Quando se troca o pneu traseiro da bike, colocamos a marcha da frente no volantinho (coroa pequena) e na catraca mais pesada (a menor) para que a corrente fique totalmente livre e assim fica mais fácil de tirar a roda. Quando eles trocaram a minha roda por outra e me soltaram na frente do pelotão, eu não voltei para o volantão (coroa grande) e por isso que minha pedalada não rendia nada. 

Girei uns 35 km ou 40 km com volantinho, pedalando muito mais rápido que os outros e com a mesma velocidade. Eu sou um mané mesmo... Ri de mim mesmo ao perceber isso, comentei com o Caio e pedi para que o bulling fosse contido :-)

Depois de muita coca-cola (normal, sem ser zero), bisnaguinhas, gatorade e descanso, tiramos uma foto (infelizmente não foi publicada) e voltamos à estrada.

Tudo super tranquilo até que um dos ciclistas que estava a frente resolveu sair da posição e ir para o final do grupo. Possivelmente ele não aguentou o ritmo do P1 e queria pegar um pouco de roda. Com isso ficou um buraco na frente do grupo (segunda posição) e o tonto aqui foi para lá, do lado direito do pelotão, continuar o pedal. O que aconteceu? Furou meu pneu de novo :-(

Muito azar... Não sei se foi outro caco de vidro, ou se o mecânico não arrumou o primeiro de forma correta, mas outro pedaço minúsculo de vidro furou o pneu traseiro novamente. Lá vai o Daniel parar, trocar a roda, entrar no carro e ser jogado na frente do pelotão de novo. Mais uns 10 km de treino perdido. Fazer o que? 


Depois deste incidente a única coisa diferente que aconteceu só percebi pelo rádio. Um dos membros da Route Bikes que estava voltando ao pedal não conseguia acompanhar o ritmo e se descolou do pelotão. Neste caso um membro do staff ou algum "cliente" normalmente entra no carro e volta de carona, mas escutei pelo rádio que o carro de apoio tentou parar para ele entrar mas ele não quis e continuou pedalando sozinho. Correu um risco enorme de pedalar sem apoio, pois não teria suporte para cruzar as estradas, para ajuda mecânica se furasse um pneu ou qualquer suporte em caso de problemas. Enfim, escolha dele.... Mas ele deve ter escutado muito dos outros membros do staff quando acabou o pedal.

Caímos de volta na Marginal Tietê, agora bem mais movimentada do que no início da manhã, depois fomos para a Marginal Pinheiros e sofremos com o asfalto ruim desta interligação, voltamos a USP e terminamos o treino.

O Caio já estava com 170 km pedalados e eu apenas 150 km ao chegar na cidade universitária. Eu tive que parar para trocar a roda novamente, devolver a roda emprestada pela Route e pagar os R$20.00 por cada câmera trocada. Assim que minha bike estava de volta, encontrei o Caio na rotatória da Reitoria terminando os 180 km. Parabéns ao monstro do pedal, o Caio está muito forte... Ele se despediu e eu continuei até completar 160 km e completar o treino programado. 

Fim do treino, planilha cumprida com exatidão, pela distância e pelas subidas.



Confesso, eu ia fazer 180 km como o Caio fez... Mas acordei atrasado e furou o pneu duas vezes, o que estragou o plano. Como tinha horário para viajar, não podia ficar pedalando mais 20 km (cerca de 35 a 40 minutos) para completar os 180 km, então treino fechado.


O treino teve 160 quilômetros de distância percorridos em 4 hora e 39 minutos, com velocidade média de 34 km/h e cadência de pedaladas de 77 rpm.

O treino foi muito bom, estava frio no começo, depois um tempo agradável e um calor de 28 graus no final do passeio. Não foi excelente pelos 2 furos de pneus que tive e perdi parte do trajeto dentro do carro, mas considerando o programado, foi bom sim.

Além dos pneus furados paramos várias vezes, a primeira para pagar a taxa da Route Bikes, outras para os semáforos das ruas de Sampa, uma vez para o lanche e estas paradas quebram o ritmo. Mas, faz parte... 

Valeu a companhia do Caio, amigão de pedais longos. Ele já não deve mais me aguentar conversando com ele :-) Desta vez não pedalamos juntos na estrada, mas sempre trocamos uma prosa nas paradas ou em poucos momentos durante o pedal.

Pré-Treino: Multi-Vitamínico, BCAA e Bisnaguinhas 
Meio-Treino: Maltodextrina + Dextrose + BCAA e Torrone
Pós-Treino: Nada

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