Meu primeiro Ironman: A história de um sonho: Treino de 11/01

Hoje o treino foi de Ciclismo.

Calor infernal a noite... Quem gosta de verão tem que ser examinado da cabeça... Bom, gosto é gosto, eu prefiro outras estações do ano que podemos dormir tranquilos e passar o dia sem depender 100% de um ar-condicionado.

Foram 7 horas e 30 minutos de sono, até que não teve muito movimentos, mas não me senti bem descansado não... QUE CALOR !!!!

Treino de Ciclismo

Decidi fazer um passeio com a Route Bike ao invés de ir para a ciclovia girar com o pessoal da Run & Fun. A ciclovia seria um treino mais tranquilo, mas vi que a Route iria fazer uma saída para Araçariguama (parte da Estrada dos Romeiros), que tem alguns trechos pesados de subida e uma boa quilometragem rodada de trajeto.

As vezes me pergunto porque diabos eu faço estas escolhas, e definidamente hoje foi um dia que pensei nisso. Poderia ter ido para a ciclovia, poderia ter saído com a Route para a Bandeirantes, poderia ter ficado em casa descansando... Fazer Araçariguama foi uma decisão "dolorida", não estou julgando se certa ou errada, mas foi phoda.

Ao chegar no ponto de encontro da Route Bike, pagar a taxa e aguardar o breafing inicial, já tinha notado que o dia seria quente. Não havia núvem alguma no céu azul de Sampa. Nada... Zero... Nenhuminha.... Peguei o gráfico de temperatura do Strava, e olha só a temperatura do treino de hoje no gráfico abaixo:

Quando começou a preleção, o pessoal fez o discurso básico de segurança, bla bla bla de inicio do ano, conversa dos próximos eventos e perguntaram quem iria fazer a saída para Araçariguama e Bandeirantes (P1, P2, P3 e o novo P4 - Iniciantes). Apenas 6 ciclistas (me incluindo) levantaram a mão para o primeiro trajeto. Ai perguntaram quem iria fazer o P1 (mais forte) para Araçariguama e 4 levantaram a mão. Concluíram, para minha felicidade #SQN, que só haveria um único pelotão para este trajeto e que iriam "leve". Idiota, eu acreditei.

No fundo, eles foram mais leves sim, já fiz um trecho da Rodovia Castelo Branco mais forte do que fiz hoje, mas não com esta "lua" deste tamanho e força de hoje.

Bom, outros 2 caras que ameaçaram se juntar aos 6 bravos (e idiotas) ciclistas tiveram a sábia idéia de fazer outro trajeto antes de saírmos. E o pelotão único de Araçariguama saiu com bastante staff da Route (uns 8, mais ou menos) e com um carro de apoio. Pegamos umas ruas locais até a Marginal Pinheiros e começou o passeio.

Na Marginal, tudo tranquilo... O trânsito estava intenso, mas com o carro de apoio fica tudo bem. O Anderson Dias, ex-professor da Run & Fun, estava no nosso pelotão, e ao chegar na primeira ponte da Marginal Pinheiros que leva a Rodovia Castelo Branco estourou a corrente dele. Na parada do nosso passeio falei com um dos staffs da Route e ele me disse que não teria como arrumar a corrente dele no carro de apoio que estava com este pelotão, e que conversando com o Anderson ele achou melhor pedir para ficar no pelotão que ia para a Bandeirantes porque naquele carro de apoio daria para tentar arrumar.

O pelotão que já era pequeno perdeu mais um "bravo" ciclista.... E fomos lá pra a Castelo Branco, que estava movimentada mais nada de sustos. Um pneu de um ciclista (depois descobri que ele é gringo e chama-se Steven / trabalha na Nike USA e vai ficar aqui até o final das olimpíadas) furou e trocaram rapidinho a roda toda e jogaram ele para frente do pelotão. Acho isso muito legal da Route, o apoio dos carros e mecânicos é excelente.

A Rodovia Castelo Branco está bem suja, pedras, cacos de vidro, pneus estourados de caminhão, peças que se soltam de carro, muita ciosa suja no acostamento atrapalham o passeio. Sem contar os buracos, desníveis de pista e olhos de gato. Bom, faz parte.

Ao sair no km 48 (acesso a Estrada dos Romeiros), o sol já judiava bastante. Como o pedal até lá teve uma velocidade forte, já havia pedalado mais do que 50 km e com o sol nas costas "estralando", eu cheguei em Romeiros bem cansado. Eu já conhecia o percurso, sabia que teria uns poucos quilômetros (1 ou 2) de tranquilidade e depois seria uma bela de uma subida.

A subida foi "desafiadora". Fui novamente com a Caloi Strada porque é melhor do que a Cervélo P3C (bike TT para velocidade, e não para subidas), sem poder trocar de coroa (a marcha está estragada) e só pedalando no volantão (maior coroa). Subir assim não é divertido... A bike vai para o mecânico semana que vem, sem falta.

No início da subida fui na velocidade do pessoal, depois de alguns quilômetros subindo começou a faltar perna e sai da frente para o meio... do meio para a o final... do final para o último... Credo, a subida, o calor, a velocidade do P1, a bike pesada e o volantão judiaram esta vez.

A primeira subida é a pior, mas não é a mais íngreme. Judia muito a moral (ficar para trás) e as penas... Depois vem outras subidas até a parada em Araçariguama, mas nada machuca mais do que a primeira subida...

Chegamos na cidade e fizemos o descanso. UFA... Hora de tomar coca-cola, comer bisnaguinhas, bolachas, recarregar a caramalhola de água e recarregar as baterias. Depois de uma meia hora de pausa, tiramos a foto padrão e voltamos para a pista.

A volta é um pouco menos sofrida, mas o calor não perdoava ninguém. As subidas são até um pouco mais íngremes, o movimento dos carros também estava maior, e para cominar, o cansaço já estava grudado nas pernas.

No inicio da volta passamos por um cara de mountain bike que entrou no meio do pelotão. hahahahaha, o cara estava de "trator" (bike com rodas grandes, com pneus com travas altas, quadro pesado e feito para andar na terra) e queria acompanhar nosso ritmo. Ele até que foi forte, mas depois de alguns quilômetros desistiu. O pessoal também olhava com cara feia para ele, já que pagamos pelo serviço de acompanhamento da Route, e o cara chega no meio do grupo, sem falar nada, se enfia no meio dos ciclistas e acha que está tudo bem. Bom, saiu logo e não atrapalhou tanto.

A única menina que estava com nós pediu para voltar no carro de apoio, para fugir das subidas. Mesmo assim, foi guerreira na primeira parte do passeio.

Passamos por várias cidades, Santana do Parnaíba, Pirapora do Bom Jesus, algumas vilas de Baruerí e o movimento da rodovia estava ficando pior.

Retornamos à Rodovia Castelo Branco e as subidas acabaram. ATÉ QUE ENFIM... Ai a média de velocidade melhorou muito (cerca de 40 km/h), o vento no rosto estava mais gostoso (mesmo quente) e a sensação de dever cumprido já estava deixando o passeio mais legal.

Pegamos a Marginal Pinheiros, esburacara no seu início, mas fica boa em poucos metros. Pelos buracos todos, meu sensor de cadência e velocidade começou a dar problemas e ficava apitando todo tempo. Droga....

Depois saímos em um acesso a ponte que leva do outro lado da marginal, passamos pelo parque da cidade e retornamos ao ponto de saída.

Na parada, tomei mais um pouco de coca-cola e realmente não há nada melhor do que coca gelada para recuperar depois de um pedal deste naipe e com um calor absurdo na cidade.

Conversei mais com o Steven e com um dos caras do staff da Route, despedi do pessoal e peguei a ciclovia anda-para-anda-para-anda-para para retornar para minha casa. Como é perigoso a ciclovia, o pessoal não presta atenção nos outros passando, pedala no meio da faixa, fica tirando fotos, escutando música, ziguezagueando na pista... Bom, nenhum incidente até lá.

Cheguei em casa com 130 quilômetros rodados, cansado e dolorido.

O treino teve 133 quilômetros de distância percorridos em 4 horas e 40 minutos, com velocidade média de 28 km/h e cadência de pedaladas de 66 rpm.

Se desconsiderar o trajeto de casa-route bikes-casa, o treino teve 110 quilômetros de distância percorridos em aproximadamente 4 horas, com velocidade média de 31 km/h.

Como balanço final foi um ótimo treino, mas fiquei bem cansado. O calor judiou muito, o trajeto é bem desafiador, a velocidade foi forte... Tenho que repetir este trajeto, mas não num futuro tão próximo :-)

Atualizo as fotos assim que forem publicadas.