Meu primeiro Ironman: A história de um sonho: Treino de 08/11

Hoje o treino foi de Transição (Ciclismo à Corrida).

De fato, hoje não era dia de treino. Amanhã tem a 4a Etapa do Troféu Brasil de Triathlon em Santos, e hoje deveria ser DAY OFF. Mas eu tinha que ajustar as rodas da bike e colocar o taco na sapatilha nova, então fui treinar.

Dormi bem, um pouco mais de 7 horas, com uma pequena pausa para ir tomar uma água. Noite tranquila e com boa recuperação do ânimo.

Treino de Transição (Ciclismo)

Cheguei na USP um pouco mais cedo, porque o pessoal da Tutto Bikes estaria lá dando suporte mecânico as bikes. A Lu Porto também teve a mesma idéia, levou as rodas novas e o pessoal da Tutto começou a trabalhar nas rodas dela.

Depois que terminaram com a bike da Lu, pedi ajuda com meus tacos e sapatinhas novas. O taco é a peça que fica presa na sapatilha de ciclismo e encaixa no pedal quando estamos na bike. Ajuda basicamente na estabilidade do pé, facilita a pedalada e possibilita fazer força não só empurrando o pedal para baixo, mas também puxando para cima durante o ciclo de pedalada.

Esta sapatilha nova deve ser pelo menos 20% mais leve do que a utilizo atualmente. Faz diferença? Talvez não, mas não custa nada usar algo mais "topo de linha".

Sapatilha Nova da Shimano / Triathlon

Taco da Sapatilha (em preto/amarelo)

Esta figura abaixo é uma ilustração do ciclo de pedalada de ciclismo. As 4 cores mostram fases distintas da força que o ciclista faz durante os movimentos das pernas.

Sem a sapatilha, normalmente fazemos os movimentos das pernas apenas na parte amarela do gráfico acima. Com a sapatilha é possível fazer força em 360 graus, mas na prática fazemos até 270 graus, e a parte verde não gera tanta força motora.

Os profissionais devem usar a parte verde, eu ainda estou tentando usar a amarela e vermelha, mas é difícil acostumar com o movimento completo.

Depois do pessoal da Tutto instalar o taco e ajustar minha sapatilha, eles colocaram minha bike em um pedestal e regularam as rodas. A traseira estava fazendo um pouco de barulho, e depois de alguns apertões de parafusos que nunca imaginei que existissem, a bike ficou perfeita.

O grupo de atletas da Run & Fun hoje era composto basicamente com triathletas. Aconteceria uma prova de ciclismo em Ubatuba neste final de semana, mas foi cancelada ontem a noite. Ou seja, os ciclistas já haviam se descolado para Ubatuba para realizar a prova e não foram treinar, mas não haverá a competição.

Os treinadores Silvio e Rafael reuniram as pessoas e deram as orientações sobre o treino. Iríamos girar em pelotão dentro da USP e cada atleta iria fazer a distância definida pela planilha. Algumas pessoas iriam fazer 30km, outros 40km e os mais longos 70km. Eu resolvi sair para girar os 40km.

O trajeto foi bem dinâmico, basicamente composto da avenida da FEA e variações com avenida da portaria P1, giros na rotatória da reitoria, rotatória do cavalo, etc. Mudávamos os caminhos de acordo com o trânsito de carros e pedestres.

Fazia muito tempo que não andava em um pelotão tão grande, umas 25 pessoas em formação dois-a-dois. Durante o treino as pessoas foram saindo do grupo, terminamos em uns 12 atletas.

Teve revezamento da frente, mas poucas pessoas puxaram o pelotão. Eu tive a oportunidade de puxar nos últimos 10km e tinha um vento contra bem chato para "quebrar" a velocidade.

A pior parte do treino foi passar pela avenida da Raia Olímpica, porque o asfalto está muito ruim. O ritmo cai bem lá e as rodas de carbono "gritam" com tantas pancadas.

Com um grupo grande de ciclistas pedalando junto, a atenção teve que ser redobrada. Não teve separação de pista para os corredores ou carros como na semana passada, e em muitos momentos tivemos que reduzir bastante a velocidade para evitar acidentes.

O gráfico de velocidade x cadência x batimento cardíaco x altimetria x distância não ajuda muito a descrever o treino. A variação de cadência de pedaladas é muito grande nas subidas e descidas. O batimento cardíaco subiu depois do km 30 quando assumi a frente do pelotão e diminuiu no km 40 quando começamos a desaquecer.

O treino teve aproximadamente 44 km de distância percorrida em 1 hora 20 minutos, à velocidade média de 33 min/km e cadência de pedaladas de 72 rpm.

Rodas e sapatilhas muito aprovadas.... Não vai ser por falta de material que a prova de amanhã será comprometida.

Pré-Treino: Multi-Vitamínico, BCAA e Pão (carboidrato)

Pós-Treino: Nada

Treino de Transição (Corrida)

Não era para ir pedalar, mas fui testar a sapatilha e as rodas. E não era para correr, mas fui testar o tênis novo (risos). Comprei um Asics Noosa Tri 8 e fui "amaciar" o tênis. Tá, sei que não se deve estreitar um tênis em uma prova, mas este acho que dá para levar sim.

O tênis tem um amortecimento médio, segura bem as pancadas e não é pesado. Eu adoro tênis da Asics, tenho um Kayano 20 para corridas mais longas e este Noosa Tri 8 para triathlon.

Como sou "semi" obediente, não fui correr forte, sai para fazer 6km com a Denise, Robson e o Charles. E o papo foi muito bom. A Denise me apresentou o Charles que já fez o Ironman Florianópolis 2 vezes e fomos falando da prova.

Resumidamente, ele disse que a prova é definida pelos treinos longos e pela alimentação na prova, me recomendando fortemente um acompanhamento com uma nutricionista especializada em esportes.

Falou dos treinos longos de 200 km de bike, das transições nos treinos de corrida, muitas dicas sobre a suplementação na prova e outras coisas mais.

Nem vi muito o tempo passar, fizemos os 6km em 36 minutos mas pareceu uma caminhada curta e leve, porque o assunto rendeu muito. Paramos próximo a rotatória do cavalo para uma hidratação, entramos na FEA, voltamos para a reitoria e o tempo voou. Preciso falar mais com ele e pedir mais dicas.

Voltamos a "sede" da Run & Fun e a Denise e o Charles continuaram o treino. Eu fui me hidratar, comer umas frutas e conversar com o pessoal.