sábado, 6 de setembro de 2014

Treino de 06/09

Hoje o treino foi de Longão de Corrida... E que longão....


O dia começou bem frio, de 10 a 11 graus, mas o sol apareceu timidamente durante a manhã.  Dia bom para correr...

Treino de Corrida

Acordei mais cedo do que o normal aos sábados, eram 5:30 da manhã e já estava fora da cama trocando de roupa e encarando o café. Minha querida e amada mãe veio passar o final de semana comigo, e eu precisava treinar cedo para poder aproveitar o dia com ela.

Já as 6:00 da manhã eu já estava na USP, as 6:10 eu já estava saindo para o treino.

O programado pela Run & Fun era de 16 km em ZR / ZM no plano (6+6+4). Mas, como na semana passada eu fiz a Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro e não fiz o treino programado (que era de 32 km em ritmo de maratona com subidas (8+8+8+8)), resolvi fazer o treino da semana passada hoje.

Explicando o que significa os números (8+8+8+8 ou 6+6+4), na USP existem alguns trajetos / circuitos que os corredores usam para treinar e cada "volta" tem sua distância definidas. Nos intervalos paramos para uma hidratação ou descanso. Os trajetos / circuitos / segmentos que fazemos (pelo menos na Run & Fun) são:
  • Volta padrão de 6 quilômetros que é basicamente plano com uma pequena subida antes de chegar na reitoria. 
  • Volta com cavalo com 7 quilômetros com uma subida de cavalo.
  • Volta com cavalo estendido, com 8 quilômetros com uma subida do cavalo e uma volta na rotatória próximo a subida da biologia
  • Volta da biologia, com 8 quilômetros com uma subida do cavalo e uma subida da biologia
  • Volta até o muro, com 10 quilômetros com uma subida do cavalo, ida até o muro e retorno pela rotatória próxima a biologia
Existem também um trajeto de 3 e 4 quilômetros, mas quase não passo por lá, mas usamos quando temos um treino apertado de tempo ou para completar um trajeto.

O treino da semana passada era para fazer o circuito de 8 km com subidas do cavalo, mas resolvi improvisar e fazer tudo no plano e não fazer subidas do cavalo, mas por outro lado eu iria diminuir os intervalos de paradas (de 3 paradas para 2 ou 1).

Sai para girar sozinho, bem cedo e não haviam muitos atletas para acompanhar, fazia muito frio e eu estava com muita roupa quente (calça, bermuda por baixo, camisa segunda pele e camisa da R&F). Correr com frio é bom, rendemos mais, só que dói um pouco no começo do treino até o corpo aquecer. 

Me planejei para fazer 3 voltas de 6 km (18 km diretos) e depois terminaria os outros 14 km também sem parar ou até com uma parada intermediária. Queria manter um pace constante, pensei em girar próximo a 5:00 min/km ou um pouco abaixo disso.

Os primeiros quilômetros foram um pouco doloridos e frios, e demorei para encaixar o ritmo e assim girar mais tranquilo. 

Ao passar pelo estádio de futebol / rugby da USP (na Av. da Raia), uma grande surpresa: estava acontecendo uma festa e muitos (mas muitos mesmo) estudantes bêbados saindo da festa as 6:30 da manhã. Bêbados de não conseguirem andar em linha reta, de falarem enrolado e cheirarem a cigarro e álcool. Vários idiotas falando merdas para os corredores, muitos fazendo graça, cantando pneus, dirigindo bêbados e sem rumo. Não tem jeito, a USP tem que tomar atitudes sérias para conter estes caras antes que eles prejudiquem pessoas do bem. Dois imbecis me xingaram durante a corrida, mas não dei muita bola... A Av. da Raia ficou fechada de tantos carros estacionando, pessoas entrando e saindo em taxis, caminhões desmontando estruturas e som. Por esta bagunça toda tive que passar pelo outro lado da rua para conseguir continuar correndo. Vamos ao treino e vou esquecer estes inconsequentes. 

Na primeira volta de 6 km o meu cadarço desamarrou de novo, e mais uma vez tive que parar para amarrar. E também não prendi muito bem o tênis, o que me gerou bolas nas solas dos pés e uma unha bem machucada no pé esquerdo.



No final da primeira volta, já estava bem aquecido e a velocidade quase encaixada, mas acho que a calça que estava usando para o frio não me ajudou muito, parecia que as pernas estavam meio presas. 

Iniciei a segunda volta, tudo parecia muito bem... A velocidade estava bem controlada, o tumulto dos estudantes já havia finalizado e estava me sentindo bem confortável. O único detalhe nestes novos 6 km foi a queda de uma água que peguei próximo ao cavalo que me tirou a velocidade / concentração, mas não atrapalhou o treino, só voltei, peguei outra água e segui em frente.

Abri a terceira volta (que seria a última antes da pausa para descanso), e me sentia muito bem. Nesta altura a USP já estava cheia de atletas e a temperatura já estava bem mais agradável, a minha corrida rendia bastante. No meio desta volta pensei em mudar de estratégia, ou invés de parar com 18 km poderia fazer mais 6 km e finalizar com 24 km, descansar e fazer uma volta de 8 km para "soltar" no final. 

Esta volta foi o momento de encontrar as pessoas. Passei pela Medley e vi a Mandi iniciando os treinos. Dei uma paradinha super rápida e dei um beijo suado nela, mas foi a melhor parte do treino.

Após a parada do beijo, continuei sentido portão P2, e passando próximo ao cavalo, encontrei meus amigos José Eduardo Grillo e o Moraes girando também em um treino longo de 32 km. Não paramos efetivamente de correr, mas conversamos um pouco durante minha ultrapassagem e segui em frente no meu ritmo para fechar a terceira volta. 

Chegando no final da terceira volta (ou seja, 18 km percorridos), mudei totalmente de ideia e resolvi fazer os 32 km diretos, sem intervalos de descanso. Ah, já tinha tomado meu segundo gel de carboidrato (tomei o primeiro antes de sair), estava aquecido e "encaixado", estava me hidratando corretamente em todas as voltas, e o principal, estava me sentindo bem e sem dores ou cansado, então dava para arriscar. Segui em frente e tudo foi bem nesta quarta volta. 

Não parei nos 24km e segui em frente para a abrir a 5 volta. Estava bem quente, eu já estava bem suado com o tanto de roupas que usava, e meus pés começaram a ficar molhados. Estava com 2 camisetas, 1 calça e um shorts, e mesmo assim meus pés ficaram molhados e a roupa não absorvia mais o suor. Isso foi ruim, porque como meus tênis não estavam muito amarrados, os dedos ficaram pressionados no bico do tênis com o vai-e-vem dos passos e a força que os pés fazem ao se deslocarem.

Aos 28km eu estava bem tranquilo, pensando que conseguiria até fazer 42 km se fosse necessário no dia de hoje. Só que aos 30 km as coisas mudaram bastante e os dedos começaram a doer e tive que segurar o pace, já não estava tão fácil. Dava para levar com alguma dificuldade, até daria para fazer uma maratona, mas estava com um pouco de dor nos dedos do pé. A vantagem deste desconforto era que não era uma dor muscular, era apenas um incômodo com o tênis. 

Passei pela Run & Fun nos 30 km, e resolvi não fazer uma nova volta completa em algum dos caminhos, e fiquei girando na quadra da reitoria para completas os 32 quilômetros programados. Foi bom passar pela R&F porque o pessoal me deu apoio moral e incentivo para completar meu treino. 

Por falar em apoio, o pessoal do Triathlon e do Ciclismo estava treinando na USP também e todas horas que me encontravam correndo nas ruas da USP eles gritavam palavras de incentivo. Poxa, amigos apoiam amigos sempre... Foi legal escutar o pessoal e os treinadores dando uma força.

Finalizei os 32 km e tive uma ótima sensação de dever cumprido. Fazer os 32 km sem intervalo estava programado para daqui a 2 semanas, então antecipei o plano e agora tenho condições de procurar maior velocidade nestas semanas que restam. Falta um pouco mais de 1 mês para a Maratona de Chicago, então está na hora de mostrar que tudo está sob controle.

Vi que os tambores de gelo da Run & Fun estavam livres, e resolvi experimentar como é fazer o tateamento de choque de temperatura para recuperar a musculatura após um treino longo. Meu amigo(a), nunca mais entro num tambor de gelo na minha vida. Dói, arde, queima, machuca... é MUITO ruim.... E tem pessoas que adoram aquela água gelada até o meio das pernas. Credo, me dói só de pensar. 


Este vídeo foi feito pelo Doutor Marcelo, que corre na Run & Fun com nós. Foi a segunda tentativa que fiz para tentar entrar no gelo, mas em nenhuma das duas eu consegui ficar mais do que 30 segundos lá dentro. O ideal / recomendado é ficar 4 minutos... 4 minutos... nunca vou ficar 4 minutos naquela tortura chinesa :-)

Sai do gelo correndo, fui conversar com amigos... O Waldemar Hamburgo estava lá e falamos dos treinos e da nossa prova de Chicago, falei com o treinador Fernando Sales, um pouco com a Marcinha, Lu, Ester (Ericsson) e o treinador Marcus Vinícius.

Pelo desgaste do treino, pelo gelo, unha machucada e por estar descalço, andar não estava muito fácil. As pedras doíam na sola do meu pé também. 





















Precisava sair correndo para voltar para casa e aproveitar um pouco mais da minha mãe, me despedi do pessoal e voltei para casa. 

O treino foi excelente, superou as expectativas e antecipei fases do treino (que no fundo não deveria fazer, mas foi feito). Sensação que o corpo está respondendo muito, mas muito mesmo, bem.


Foram 32 quilômetros de distância percorrida em 2 horas e 43 minutos de duração, com um pace médio de 5:06 mim/km e cadência média de passos de 182 ppm.

Foi a minha maior distância percorrida, o maior tempo de exercícios e um grande passo para poder fazer uma ótima maratona em outubro.









Pré-Treino: Multi-Vitamínico, BCAA, Pão (carbo), Gel Gu (Carboidrato)
Meio-do-Treino: Gel CarboUP (Carboidrato)
Pós-Treino: Endurox R4 + Gatorade

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