segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Treino de 16/02

Hoje teve treino de Natação.


Noite boa de sono, sem controle do Garmin Vivofit, mas sei que a noite foi tranquila e bem descansada. 

Ainda é carnaval, os treinamentos estão todos complicados devido as logísticas de academia, treinos na USP, viagens, etc., mas dá para treinar nas horas vagas.

Treino de Natação

Combinei com um grande amigo de Franca, Adilson Gomes Filho, de ir para uma cidade aqui próxima chamada Rifaina. Lá existe uma represa do Rio Grande com muitos ranchos e um ótimo lugar para nadar.

O Adilson não é humano, é um peixe. O cara nada muito bem, é professor de Educação Física, pratica triathlon e sua simplicidade é assustadora. Humilde, gente boa, engraçado... E um monstro na água.


Já fiz um pedal com ele no ano passo e passei apertado para acompanhá-lo (que novidade, não?), tentamos marcar algumas provas de corrida mas nunca tive oportunidade de correr com ele... Este ano já tentei agendar um treino de natação mas não deu certo... Hoje quase não deu.

Depois de alguns dias muito ensolarados em Franca, a tarde de domingo foi bem chuvosa. A manhã de segunda feira (hoje) amanheceu escura, fechada, e logo de manhã ele me mandou uma mensagem para saber se estava de pé a natação. Como a chuva não iria molhar a água da represa, decidimos ir. E foi uma ótima decisão.

Rifaina não fica tão perto de Franca, dá mais ou menos 50 minutos de carro, mas foi bom o tempo para colocar os assuntos em dia, já que na natação não dá para ficar fofocando igual na bike ou na corrida. 

A brava, valente, matutina e sem preguiça Mandi foi com nós e só ficou escutando as conversar da velha guarda. 

Chegamos em Rifaina cedo, poucas pessoas nas ruas e ninguém na represa de Furnas. Paramos o carro, demos uma olhada rápida nos possíveis percursos de natação, voltamos para trocar as roupas e estávamos prontos para sair.

O Adilson recomendou irmos margeando umas bóias de delimitação de lanchas (para a proteção dos banhistas da "prainha") até a ponte que liga o estado de São Paulo a Minas Gerais. 

Ao chegar na ponte, pegaríamos ela como referência a nossa direita e atravessaríamos a represa até Minas. Lá, atravessaríamos novamente a ponte e retornaríamos com ela a nossa direita, até voltar a margem de São Paulo e as bóias novamente.

E foi assim que fizemos... 

No início, tudo tranquilo, muito fôlego e disposição. Ao chegar a ponte, cerca de 800 metros de natação, o corpo ainda não estava encaixado e as braçadas saiam com alguma dificuldade. Com a ponte sendo o referencial a direita (eu só respiro a direita nadando), ficou tudo mais fácil, o corpo já começava encaixar e foi um pouco mais fácil seguir nadando.

No meio da ponte a correnteza é um pouco maior, porque é ali que o antigo rio passava (imagino eu) e havia um pouco mais de águas agitadas e sujeira (sujeira boa, dava para ver que eram folhas e pequenos galhos verdes de árvores que haviam acabado de cair no rio devido a chuva do dia anterior). A água ficou mais mexida, mas nada comprometedor.

Engraçado, no meio da ponte eu olhava para frente e via que faltava metade do caminho. Nadava, nadava, nadava, nadava.... E olhava para frente e faltava metade do caminho (risos). Foi assim por um bom tempo, tinha a sensação de ter nadado uns 10 quilômetros mas até a margem de Minas Gerais (ao acabar a ponte) havíamos percorrido apenas 1.940 metros.

Então era hora de voltar, pelo mesmo trajeto mas pelo outro lado da ponte, para que ela ficasse a nossa direita.

O Adilson ia na frente / lado, nadando tranquilamente. As vezes revezando um nado peito e costas, e eu sofrendo com o meu crawl macarrônico. A Mandi no/tou, eu também, cada braçada dele equivalia a três braçadas minhas. O que isso significa? Que minha braçada continua muito curta, que faço muitos ciclos de braçadas e perco energia e eficiência. E este foi o melhor aprendizado do dia, preciso voltar a treinar técnica de finalização de braçadas.

Bom, na volta, tudo tranquilo... Passamos por um pescador que estava ancorado na ponte e achamos que ele ira ficar bravo com nós por fazer barulho e espantar os peixes, mas ele nos cumprimentou e deu parabéns por nadar tanto. Na ponte vi algumas pessoas fazendo caminhada e correndo, até dei "tchau" para uma menina que pensei que fosse a Mandi (não conseguia nadar, respirar e pensar ao mesmo tempo - risos), mas descobri depois que não era ela.

No final da ponte, já no lado de São Paulo, pegamos a esquerda com uma água um pouco mais mexida e voltamos para a "prainha". Iríamos completar 4.000 metros, mas os 3.900 metros foi o suficiente.


Saímos da água, eu feliz por não estar cansado e o Adilson com cara de entediado por termos demorado tanto (risos). Para ele foi um passeio, para mim foi uma constatação que a distância do Ironman (3.800 metros) não é nenhum bicho de sete cabeças, mas ainda tenho muito "chão" (neste caso água) pela frente para poder fazer uma prova mais consistente, com uma velocidade melhor e sair mais inteiro do que saí.

Fiquei realmente feliz pela primeira vez ter completado esta distância, por ver que consigo me conter e poupar energia, mas ver o ritmo de 2:17 min/100m não foi legal. Esperava menos, então tenho que me dedicar mais.



O treino teve 3.900 metros de natação percorridos em 1 hora e 29 minutos, com ritmo médio de 2:17 min/100m e 34 braçadas por minuto.

Achei excelente, tanto a companhia do Adilson e da Mandi, mas também ter conseguido fazer a distância sem sofrer muito. Agora é ganhar mais força e mais técnica, para poder ter tranquilidade nos 3.8 km do Ironman.





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