Hoje foi dia de diversão.... Muita diversão, amizade e calor....
A meia maratona internacional do Rio de Janeiro começou "efetivamente" no sábado, voando para o Rio e reencontrando grandes amigos.
ANTES DA PROVA: No sábado foi dia de encontrar o Ney, Barbara, Fábio, Lara e Gabriel. Foi dia também de conhecer o lindo neném Lucca, filho da Barbara e do Ney. Não é possível não se apaixonar por este bebe.
Saímos para almoçar, fomos em um shopping da Barra para comer massa e jogar muita conversa fora. Fiz faculdade em São Carlos com o Fábio e com o Ney, e nossa amizade ainda continua mesmo morando em cidades distantes.
Voltamos pra casa, brincamos com o Lucca e a noite teve mais massa, agora feita pelo mestre cuca Ney.
Conversamos muito, sobre nossas histórias de faculdade, sobre a vida profissional, sobre viagens, sobre corridas, sobre a prova do dia seguinte, sobre suplementação, sobre tênis. A Barbara me mostrou vários tênis e disse que iria correr com um mais pesado e com grande amortecimento (FATOR 1).
A Barbara já havia feito 3 meias maratonas (4 com a de hoje), 2 maratonas e tem histórico em vários esportes (Handball, Boxe, Squash, etc.) nas costas, uma esportista nata. Esta prova de hoje era apenas para provar que ela tinha condições de completar a prova depois da gravidez.
Conversamos muito, sobre nossas histórias de faculdade, sobre a vida profissional, sobre viagens, sobre corridas, sobre a prova do dia seguinte, sobre suplementação, sobre tênis. A Barbara me mostrou vários tênis e disse que iria correr com um mais pesado e com grande amortecimento (FATOR 1).
A Barbara já havia feito 3 meias maratonas (4 com a de hoje), 2 maratonas e tem histórico em vários esportes (Handball, Boxe, Squash, etc.) nas costas, uma esportista nata. Esta prova de hoje era apenas para provar que ela tinha condições de completar a prova depois da gravidez.
Tanque de combustível cheio, hora de dormir porque no dia seguinte tinha 21.097 metros de diversão e muito sol.
O OBJETIVO: O grande motivo de ter ido para o Rio fazer esta prova era acompanhar a Barbara na prova. Não fui fazer tempo, não fui treinar, não tinha objetivo algum que não seja correr junto a ela e fazer "pacing" durante a prova toda. Ela teve o Lucca há 5 meses atrás e voltou a correr há poucos meses, e queria regressar em grande estilo. Já havia feito as 10 milhas da Nike depois do nascimento do Lucca, e agora seria a comprovação que ela estava realmente de volta as grandes provas.
Bom, O Lucca não teve uma noite muito tranquila, o que deixou a Barbara e o Ney com poucas horas de sono. Isso teve um bom impacto na prova do dia seguinte (FATOR 2).
Acordamos próximo as 7:00, tomamos café, preparamos as malas e apetrechos que são necessários para sair com um bebe, e fomos para São Conrado, aonde seria a largada. O Ney deixou eu e a Barbara próximo a largada e foi para Botafogo nos aguardar.
A PROVA: A Meia Maratona Internacional do Rio é uma prova diferenciada. Ela acontece mediante a um acordo com a Rede Globo para transmiti-la ao vivo durante o Esporte Espetacular, e isso implica que a prova tem que ocorrer em um horário "esportivo" do domingo, ou seja, depois das 9:00 da manhã.
Largar as 9:00 horas implica em pegar um sol monstruoso durante todo o trajeto, e o sol foi um fator de grande impacto no andamento da prova (FATOR 3).
Uma multidão estava na linha de largada. Escutei o número de 18 mil pessoas para fazer a prova, e imaginava que seria difícil desenvolver alguma velocidade no início da prova com tanta gente na nossa frente (FATOR 4).
Já na largada encontramos o Marquinhos, amigo da Barbara e do Benny Moura (grande amigo de Brasília) e que vai fazer um revezamento de 42km em trilhas de Búsios com a Barbara em poucas semanas. Decidimos que correríamos a meia do Rio juntos.
Bom, a largada atrasou uns 10 ou 20 minutos, já estava bem quente e com muitas pessoas aglomeradas. Até que a infra-estrutura de banheiros e água estava bem preparada, mas não para 18 mil pessoas.
Dada a largada, hora de começar a diversão. Para a Barbara, que estava se preparando para a meia maratona, não tinha nada de diversão, a prova era séria e o objetivo era completar bem, e se possível em menos de 2 horas.
Não era muito fácil correr no início... Saímos na subida da Niemeyer e passamos pela comunidade do Vidigal sem conseguir correr direito. Muita gente, o sol já castigava, não dava para correr, mas fizemos um pace razoável, próximo a 5:30 min/km.
No trajeto, muitas pessoas que estavam lá pela "festa"ou por aparecer na Globo começaram a cansar e caminhar. O que leva uma pessoa a fazer uma prova de 21 km e no terceiro e quarto quilômetro e já caminhar? Bom, cada um na sua....
Chegando ao Leblon, começou a ficar mais fácil de correr. Abriu-se mais espaço na pista, as pessoas mais lentas já ficaram para trás, a subida havia ficado depois da comunidade, e o trajeto era bem plano.
Apenas o sol que não deu sossego. Eu tenho sudorese avançada, estava bem suado, mas estava indo bem. A Barbara já começou a sentir mais cede e todos os postos de água bebida bastante líquidos e tomou os gels de carboidrato.
Leblon, Ipanema, Leme... Poxa, o Rio é definitivamente um lugar lindo. A praia estava bem cheia, as ruas lotadas de pessoas correndo, um sol para cada um no céu... A corrida fluía bem...
Depois do túnel do Leme para Botafogo a Barbara começou a sentir um desconforto com o tênis, sentia ele pesado e incomodando um pouco tendão de aquiles (FATOR 5).
Passando pelo posto de bombeiros de Botafogo vi um rapaz de muletas fazendo a prova. Como ele segurava as muletas com as mãos, ele não tinha como pegar água ou saquinhos de Gatorade e abrir. Perguntei se ele queria um Gatorade, abri para ele e deixei na mão dele. O cara bebia como se aquilo fosse a única bebida em um deserto. Poxa, fiquei feliz de ter ajudado uma pessoa na prova.
Neste momento, próximo aos 13 quilômetros, o sol castigava bastante... muito mesmo.... O Marquinhos (amigo da Barbara) estava bem inteiro, e conversávamos de provas de Triathlon.
Bom, entramos na Praia de Botafogo e tudo estava bem tranquilo comigo, mas estávamos preocupados com a Barbara porque havia dormido mal, pelas dores no tendão de aquiles, pelo tênis, por tudo... O Objetivo era acompanhar ela, né? Mas ela seguia forte, com um pace mais leve do que no início da nossa prova.
Chegamos no Aterro do Flamengo e no km 17 / 18 caminhamos por alguns minutos. Coisa rápida, só para a Barbara recuperar o fôlego e dar uma folga aos pés. O Marquinhos seguiu em frente, nos encontraríamos novamente no final da prova.
Um gole de água a mais, um gelo na cabeça e na nuca, e a Barbara recuperou a energia para seguir como uma guerreira para a linha de largada.
Olha, menina de ouro. Não dormiu bem, ainda amamentava, dores nas costas e no pé, um sol descomunal na nuca e ela correndo forte. Nosso pace no final estava girando próximo a 6:00 mim/km e ela estava "inteira".
Chegamos.... UFA.... 2 horas e 12 minutos de uma superação fenomenal da Barbara, uma guerreira. Lembra dos fatores que listei? Uma pessoa normal teria desistido, a Barbara passou por cima deles todos e voltou para casa feliz para abraçar e beijar o Lucca.
O pace da prova foi de 6:08 min/km, com uma cadência de passos de 136 ppm e batimento cardíaco médio de 136 bpm, o que representa início da faixa de ZM, ou seja, bem leve.
A prova foi bem legal, muitos fantasiados, muitos atletas de TV, muitos turistas e muito sol. Vi muitas fantasias ridículas.
Vi várias pessoas sendo carregadas para as ambulâncias, possivelmente por desidratação, insolação ou qualquer outro efeito do excesso e calor.
Após cruzarmos a linha de chegada encontramos com o Marquinhos de novo e fomos caminhando de volta ao bairro de Botafogo.
Foi consenso nosso que a prova não é para ser repetida. Largar as 9:00 horas da manhã, mesmo que seja no inverno no Rio de Janeiro não é saudável.
DEPOIS DA PROVA: Depois da prova fui almoçar com o Ney, Barbara, Lucca e o casal de amigos Marco Tulio e Elis (e seus filhos Maria e David). A Barbara sentia um pouco de incomodo nas pernas, eu estava bem.
Hora de voltar para Sampa e acabar a história, certo? Nada... No aeroporto encontrei a Luciana Porto (Lu) e a Marcia (Marcinha) no saguão de embarque. As duas "peixinhas" foram participar da prova Rei e Rainha do Mar de natação. Pelos relatos das meninas, ótima prova, bem organizada, mar bem "comportado", e voltaram para sampa com ótimas memórias e uma linda medalha.
A Lu e a Marcinha haviam me convidado para participar desta prova, mas já tinha firmado compromisso com a Barbara. No aeroporto combinamos de participar da prova de natação chamada Fuga da Ilhas em Dezembro... CLARO que vou me juntar a elas, amigos são amigos :-)
Agora sim, final de semana de muitos amigos, de uma prova bem quente, de conhecer um bebe lindo (Lucca) e de muita diversão.
Que venham as próximas aventuras.
Acordamos próximo as 7:00, tomamos café, preparamos as malas e apetrechos que são necessários para sair com um bebe, e fomos para São Conrado, aonde seria a largada. O Ney deixou eu e a Barbara próximo a largada e foi para Botafogo nos aguardar.
A PROVA: A Meia Maratona Internacional do Rio é uma prova diferenciada. Ela acontece mediante a um acordo com a Rede Globo para transmiti-la ao vivo durante o Esporte Espetacular, e isso implica que a prova tem que ocorrer em um horário "esportivo" do domingo, ou seja, depois das 9:00 da manhã.
Largar as 9:00 horas implica em pegar um sol monstruoso durante todo o trajeto, e o sol foi um fator de grande impacto no andamento da prova (FATOR 3).
Uma multidão estava na linha de largada. Escutei o número de 18 mil pessoas para fazer a prova, e imaginava que seria difícil desenvolver alguma velocidade no início da prova com tanta gente na nossa frente (FATOR 4).
Já na largada encontramos o Marquinhos, amigo da Barbara e do Benny Moura (grande amigo de Brasília) e que vai fazer um revezamento de 42km em trilhas de Búsios com a Barbara em poucas semanas. Decidimos que correríamos a meia do Rio juntos.
Bom, a largada atrasou uns 10 ou 20 minutos, já estava bem quente e com muitas pessoas aglomeradas. Até que a infra-estrutura de banheiros e água estava bem preparada, mas não para 18 mil pessoas.
Dada a largada, hora de começar a diversão. Para a Barbara, que estava se preparando para a meia maratona, não tinha nada de diversão, a prova era séria e o objetivo era completar bem, e se possível em menos de 2 horas.
Não era muito fácil correr no início... Saímos na subida da Niemeyer e passamos pela comunidade do Vidigal sem conseguir correr direito. Muita gente, o sol já castigava, não dava para correr, mas fizemos um pace razoável, próximo a 5:30 min/km.
No trajeto, muitas pessoas que estavam lá pela "festa"ou por aparecer na Globo começaram a cansar e caminhar. O que leva uma pessoa a fazer uma prova de 21 km e no terceiro e quarto quilômetro e já caminhar? Bom, cada um na sua....
Chegando ao Leblon, começou a ficar mais fácil de correr. Abriu-se mais espaço na pista, as pessoas mais lentas já ficaram para trás, a subida havia ficado depois da comunidade, e o trajeto era bem plano.
Apenas o sol que não deu sossego. Eu tenho sudorese avançada, estava bem suado, mas estava indo bem. A Barbara já começou a sentir mais cede e todos os postos de água bebida bastante líquidos e tomou os gels de carboidrato.
Leblon, Ipanema, Leme... Poxa, o Rio é definitivamente um lugar lindo. A praia estava bem cheia, as ruas lotadas de pessoas correndo, um sol para cada um no céu... A corrida fluía bem...
Depois do túnel do Leme para Botafogo a Barbara começou a sentir um desconforto com o tênis, sentia ele pesado e incomodando um pouco tendão de aquiles (FATOR 5).
Passando pelo posto de bombeiros de Botafogo vi um rapaz de muletas fazendo a prova. Como ele segurava as muletas com as mãos, ele não tinha como pegar água ou saquinhos de Gatorade e abrir. Perguntei se ele queria um Gatorade, abri para ele e deixei na mão dele. O cara bebia como se aquilo fosse a única bebida em um deserto. Poxa, fiquei feliz de ter ajudado uma pessoa na prova.
Neste momento, próximo aos 13 quilômetros, o sol castigava bastante... muito mesmo.... O Marquinhos (amigo da Barbara) estava bem inteiro, e conversávamos de provas de Triathlon.
Bom, entramos na Praia de Botafogo e tudo estava bem tranquilo comigo, mas estávamos preocupados com a Barbara porque havia dormido mal, pelas dores no tendão de aquiles, pelo tênis, por tudo... O Objetivo era acompanhar ela, né? Mas ela seguia forte, com um pace mais leve do que no início da nossa prova.
Chegamos no Aterro do Flamengo e no km 17 / 18 caminhamos por alguns minutos. Coisa rápida, só para a Barbara recuperar o fôlego e dar uma folga aos pés. O Marquinhos seguiu em frente, nos encontraríamos novamente no final da prova.
Um gole de água a mais, um gelo na cabeça e na nuca, e a Barbara recuperou a energia para seguir como uma guerreira para a linha de largada.
Olha, menina de ouro. Não dormiu bem, ainda amamentava, dores nas costas e no pé, um sol descomunal na nuca e ela correndo forte. Nosso pace no final estava girando próximo a 6:00 mim/km e ela estava "inteira".
Chegamos.... UFA.... 2 horas e 12 minutos de uma superação fenomenal da Barbara, uma guerreira. Lembra dos fatores que listei? Uma pessoa normal teria desistido, a Barbara passou por cima deles todos e voltou para casa feliz para abraçar e beijar o Lucca.
O pace da prova foi de 6:08 min/km, com uma cadência de passos de 136 ppm e batimento cardíaco médio de 136 bpm, o que representa início da faixa de ZM, ou seja, bem leve.
A prova foi bem legal, muitos fantasiados, muitos atletas de TV, muitos turistas e muito sol. Vi muitas fantasias ridículas.
Vi várias pessoas sendo carregadas para as ambulâncias, possivelmente por desidratação, insolação ou qualquer outro efeito do excesso e calor.
Após cruzarmos a linha de chegada encontramos com o Marquinhos de novo e fomos caminhando de volta ao bairro de Botafogo.
Foi consenso nosso que a prova não é para ser repetida. Largar as 9:00 horas da manhã, mesmo que seja no inverno no Rio de Janeiro não é saudável.
DEPOIS DA PROVA: Depois da prova fui almoçar com o Ney, Barbara, Lucca e o casal de amigos Marco Tulio e Elis (e seus filhos Maria e David). A Barbara sentia um pouco de incomodo nas pernas, eu estava bem.
Hora de voltar para Sampa e acabar a história, certo? Nada... No aeroporto encontrei a Luciana Porto (Lu) e a Marcia (Marcinha) no saguão de embarque. As duas "peixinhas" foram participar da prova Rei e Rainha do Mar de natação. Pelos relatos das meninas, ótima prova, bem organizada, mar bem "comportado", e voltaram para sampa com ótimas memórias e uma linda medalha.
A Lu e a Marcinha haviam me convidado para participar desta prova, mas já tinha firmado compromisso com a Barbara. No aeroporto combinamos de participar da prova de natação chamada Fuga da Ilhas em Dezembro... CLARO que vou me juntar a elas, amigos são amigos :-)
Agora sim, final de semana de muitos amigos, de uma prova bem quente, de conhecer um bebe lindo (Lucca) e de muita diversão.
Que venham as próximas aventuras.
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